sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A-MAR





A-MAR

Caminhando a beira mar,
Vi um barco ancorado
O desejo era  nele me lançar
Mas com medo eu perguntava,
Onde ele vai me levar?

Entrei, sentei e então percebi,
que eu teria que guiar...

Assumi o comando...
Naveguei em alto mar
Passei por tempestades,
Em meio a elas,
tive vontade de recuar.

Algumas coisas se misturavam
Suas águas-minhas lágrimas
Sua força-minha intensidade
Sua fúria-minha raiva
Seu barulho-o meu grito
O mergulho-liberdade

De minha liberdade nascia o desejo
Quero avançar...

A cada avanço, novas descobertas...
Cheguei, enfim, em alto mar...
No profundo de meu m-ar

Contemplo tua imensidão...
Parece-me calmo agora
Não pensarei por quanto tempo
assim, calmo, permitirás ficar...

Também não importa...
Sabe o que quero agora?
Viver –Contemplar...

Amanhã, talvez, acordes enfurecido
Mas, não me enfurecerás.
Sabe... Parece que estou aprendendo...
Para, por tuas águas navegar,
Tenho que primeiro que me amar...
Tenho que de mim cuidar.

Ó grande mar...
Quero em tuas águas navegar...
Quero o mais profundo do meu eu,
A-MAR!





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